INSÔNIA
ó insônia de mais um cigarro
após outro no canto da cama
desperto engolindo o pigarro
e ela, escrivaninha me chama
no espelho me tiro um sarro
de cara amassada sem pijama
um rolê... num texto esbarro
porra! ufa! cadê minha flama?
se na noite vazia me amarro
o resto de vodka me inflama
ei, já bebi toda água do jarro!
minha voz interior proclama
saia! sem rumo, sem o carro!
e volte pra tirar uma pestana...
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SEM CONTROLE
ah, meu descartável besteirol
de tanto reviver na vida vadia
frustrada de pensar em caracol
do algo mais que dela eu queria
ter minha juventude em formol
vencer já os sulcos desta porfia
não me ater ao alto colesterol
rejuvenescer sem brigar no dia
no negror deste quarto ter o Sol
que meus fantasmas espantaria
com meus ais roucos em bemol
tom definhante já sem a fantasia
de ter o rubor moço da fina escol
mas velho, de que me adiantaria?
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