eia! caminheiro!
lá vai indo ele
sem rumo
a novas plagas
um trocado no bolso
o norte do nariz
a um lugar incomum
um dia quis marias
um dia quis um lar
mas é caminheiro
alegre - triste - matreiro
lá vai o caminheiro
e sua mala de madeira
empoeirada recordação
a cada estação
um verso novo
um renovo
pra nunca chegar
a lugar nenhum
ter que abrir a mala
de velharias íntimas...
é!
resumir sua vida
em trapos
desembrulhar o lanche
comer
sem nunca saber
que o que o faz caminhar
é seu mundo inexistente
ali
onde a vida diz que existe,
eia! caminheiro!
tão cruel minha guaia
que o norte de meu nariz
aponta onde te encontrar.
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