DEMÊNCIA
Um casal -- drogado -- numa balada de dois dias
num canto qualquer de Sampa.
ELA. -- Você me lembra alguém que no passado
me levava às nuvens quando a gente transava.
ELE. -- Engraçado, pensei a mesma coisa.
Você também! Que transmissão, mina!
E se beijaram loucamente no lusco-fusco da imensa sala.
ELA: -- Puxa! o mesmo jeito de beijar, o mesmo sabor
e até o mesmo cheiro.
ELE. -- Verdade, sinto o mesmo. Que coincidência maluca.
Os dois já haviam ficado juntos na noite passada,
mas não se lembravam. Voltaram a transar como animais.
Nem notaram a plateia. Estavam nus no paraíso.
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