onde me vês estou.
hoje eu comeria
o pão que o diabo amassou
pra te encontrar
e simplesmente
dizer sim à vida
sem medo
de morrer em teus braços,
hoje
uma porta se abriu
a um rio
um barco me levar
ao sonho primaveril
guardado no olhar
não posso me conter
na senda deste destino
de pés alados
no afã sem controle
a achar tuas pegadas
no deserto
onde vaga incerto
neste curumim
o desejo enfim
a ti chegar
se me disseres
que até o último suspiro
me esperarias
no muro da última estrada
no olhar distante
confiante
de que em meus braços
também morrerias por mim
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