domingo, 29 de abril de 2012
sexta-feira, 20 de abril de 2012
sobre dia do demo.
sobre o dia do demo.
hoje é segunda-feira
vou sair do programado
vou ser cão sem coleira
reprovar o velho ditado:
'trabalho não é canseira
dignifica o mais reles coitado'
mas e a minha olheira
pós domingo de enfado?
vou serpentear na esteira
ensimesmar-me pirado
se me punirem de bobeira
vou receber de bom grato
fico à toa a semana inteira
pra amanhã já tô cansado
ah, hoje é segunda-feira
acabo de declarar feriado
dia da preguiça companheira
que me guia pro lado errado
da mesmice rotineira
sem tapar o sol com peneira
às intenções segundas do diabo
que nasceu na segunda-feira
torcendo e coçando o rabo
porque nunca teve chefe
nem pegou no pesado
hoje é segunda-feira
vou sair do programado
vou ser cão sem coleira
reprovar o velho ditado:
'trabalho não é canseira
dignifica o mais reles coitado'
mas e a minha olheira
pós domingo de enfado?
vou serpentear na esteira
ensimesmar-me pirado
se me punirem de bobeira
vou receber de bom grato
fico à toa a semana inteira
pra amanhã já tô cansado
ah, hoje é segunda-feira
acabo de declarar feriado
dia da preguiça companheira
que me guia pro lado errado
da mesmice rotineira
sem tapar o sol com peneira
às intenções segundas do diabo
que nasceu na segunda-feira
torcendo e coçando o rabo
porque nunca teve chefe
nem pegou no pesado
a face oculta.
julgam-me
cometem engano!
quem na terra sabe e pode julgar?
gostaria de desmascará-los
para vê-los presos em si mesmos
reflexivos a 4 paredes...
sou estereótipo
teoria que se espalha
calor que gela os corpos
fedor exalante de dignidade
os belos cartazes pichados deste muro
realizam meu xingamento interno
meu slogan nada é ainda
quando for
poderão me julgar
sem que eu seja a barata
a fugir dos solas dos sapatos
nas faces dos que aqui passam
está estampada uma verdade:
a verdade do realismo
do ironismo
de minha história complicada
curta
tanto quanto as palavras que esbanjo
meio ao rico falar dum povo inculto
(1980)
cometem engano!
quem na terra sabe e pode julgar?
gostaria de desmascará-los
para vê-los presos em si mesmos
reflexivos a 4 paredes...
sou estereótipo
teoria que se espalha
calor que gela os corpos
fedor exalante de dignidade
os belos cartazes pichados deste muro
realizam meu xingamento interno
meu slogan nada é ainda
quando for
poderão me julgar
sem que eu seja a barata
a fugir dos solas dos sapatos
nas faces dos que aqui passam
está estampada uma verdade:
a verdade do realismo
do ironismo
de minha história complicada
curta
tanto quanto as palavras que esbanjo
meio ao rico falar dum povo inculto
(1980)
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