quarta-feira, 31 de março de 2010

raciocínio sobre a interpretação.



raciocínio sobre a interpretação.


o poema não é o que parece ser.
não parece ser o que é.

"o autor é o que vive e viveu, assim como o leitor."

o autor tem seu minicosmo e um epicentro.
seu epicentro tem o macrocosmo dentro dele.

então:

cada um tem o seu com seus altos e baixos
sujeitos à natureza.

porque, exemplos:

o mar tem a maré alta e a baixa.
o pássaro que voa alto e até o que vive
no monte, precisa vir ao solo para alimentar-se.

comparo os textos de um autor como frutas de um pomar.
umas, são doces; outras, azedas, ácidas,
que o autor colhe de acordo com seu estados espirituais, tais:
alegria, tristeza, agonia, êxtase, ira, e afins.

sem falar no que delas parem: saudade, lembrança, esperança,
confiança, etc;
sem falar das introspecções em que tenta fazer uma salada
de frutas como o resumo de seus estados espirituais;
sem falar que, no pomar, tem a fruta podre, sim, aquela que não
vingou, aquela que o pássaro bicou e a vespa a usou como
hospedeira.

o que é incrível é que o autor quer sempre aquela fruta lá da
copa da árvore, difícil de se apanhar, amadurecida e quase
despencando. e fica imaginando, embaixo (questão do
alto e baixo, de novo) uma jeito de como, como? como
fará pra alcançá-la. precisa ser inteligente e usar de toda
sensibilidade possível.

o autor, quando está neutro, mesmo que não queira --
absorve informações. o autor, nessa pausa, visualiza uma
fruta no pomar, mas não pensa em colhê-la. tudo a seu tempo.
de repente, vê-se seduzido. precisa colher esfomeado e divulgar.
procura as teclas, uma folha em branco, qualquer folha, pra
dar vida novamente a fruta.

interpretar, também, depende do estado de espírito
do leitor. exemplo: quando se perde um ente querido, procura-se
um texto, algo, sei lá, que preencha aquele vazio momentâneo, que
lhe sequem as lágrimas que restaram. raras vezes se procura
um texto de humor, de ironia com a morte. toda regra tem sua
excessão, mas normalmente procura-se um como desabafo.
se bem que palavras pouco dizem em tais passagens. daí vem o
ditado: " o tempo é o remédio para tudo".

interpretar é alçar voo. escrever, pôr ideias no papel, idem.
volto a frisar o pássaro que vem alimentar-se no chão...
dos altos e baixos, lembram-se?... pode ser um de nós, ei! --
será que haveremos de só fomentar a desnatureza?
será que só nós sonhamos? será que o que nos dintingue
dos outros animais -- nossa fala -- é o dom que temos de
não sermos o que parecemos ser, e de não parecermos ser
o que somos?

'não sou dono da verdade, apenas leio e interpreto.'

REHGGE.

terça-feira, 30 de março de 2010

Um soneto ao poema




Um soneto ao meu poema


deixo de lado a simetria do verso
desconverso se meu peito inflama
nem sei se ele voa odeia ou ama
já que meu olhar reclama Imerso

escrever poesia essa inútil cigana
que vaza ao cosmo bom perverso,
seca-se sedenta à garapa da cana
doce amargor em sentido inverso

só verso porque o verso me engana
me engano criando outro Pós-verso
já Emerso no festim da vida insana:

fraco simulacro de onde tiro a gana
pro universo, meu Pré-verso disperso
tal um soneto livre sem luz sem chama.















ESPORÁDICAS

........................................

o aceno.

teu corpo foge-me na curva
num segundo teu adeus
em minha retina
do sonho me despertou,
já sem forças pra alcançá-la
na estrada
da saudade que ficou.

.......................................


um adeus retornador.

vou- me embora deste lugar
de solidão e gente à toa

dou de ombros se o sino toa
acordado desperto
e nem sei ao certo
se sou a estátua alada
o pássaro que revoa
no cubículo existencial
barrando minha pessoa.

......................................................................

a um passo do paraíso


à frente de meus olhos
há meu ocaso e o Sol
atrás
o oco do negror

sou alguém sem rosto

há um vácuo indizível
sem dia e sem noite

uma infinda mancha
onde meu corpo levita

como negativo duma foto
tateada dentro de mim

sinto sua solidez
revelar
que não foi dessa vez
que fechei os olhos pra sempre

...................................



OXIGÊNIO VITAL


Oh!
minh'alma sofrida
esquinas por que passei
de ti, VIDA, não desisto
até aqui insisto
resisto a dor mais doída
já de ti preciso
já de ti precisei

das cinzas antigas
faço visão colorida
novo sopro de vida
neste intervalo
assim falo
o futuro não meço
assim renasço
assim recomeço

OXIGÊNIO VITAL

OXIGÊNIO VITAL

Oh!
minh'alma sofrida
esquinas por que passei
de ti, VIDA, não desisto
até aqui insisto
resisto a dor mais doída
já de ti preciso
já de ti precisei.

das cinzas antigas
faço visão colorida
novo sopro de vida
neste intervalo
assim falo,
o futuro não meço
assim renasço
assim recomeço.

sexta-feira, 26 de março de 2010

a voz do coração

quando do coração
se apaga a brasa
vira castelo na areia
e na maré cheia
se vai se arrasa

quando se acende
há duas alianças
imantadas pelo olhar,
há o elo de duas crianças
um horizonte que se fende
a pequeninas lembranças

e a Lua enamorada
rompe a nuvem negra
alumia a estrada
guarda o segredo
do amor no calor
duma nova alvorada


há um castelo
dois corações em brasa
que na maré cheia
na areia
desafiam o futuro
o muro
e juntos irão
onde as ondas passeiam
onde a Lua se esconde
e faz morada

aí o desejo extravasa
por amor e pela dor
num sopro de vento
a chama
emana dos corpos
ardentes indolor

quinta-feira, 25 de março de 2010

O GATO SALVA-VIDAS

O GATO SALVA-VIDAS

O gato-do-mato era o heroi de todos na pequena floresta.
Um pássaro em dificuldade, preso no visgo... um filhote
que caia do ninho... ah, lá estava o 'Seu Gato' pra arrumar
tudo, pôr as coisas nos seus devidos lugares.

O maior problema eram as redes que o Caçador, ou seria
Pescador?, punha no lago. O Sentinela da Floresta, sempre
alerta, cortava com os dentes os cordões delas... um
peixinho em dificuldades, lá estava o Gato Salva-vidas...

O Gato era muito famoso, por isso, o Ratão e o Lagarto
morriam de inveja dele. Descontentes, queriam ser famosos
como o Gato, respeitados. Todos os animais, ali, o veneravam.

O Ratão e o Lagarto viviam espionando tudo entre os arbustos.
Até que tramaram um plano: levariam muitas frutas e sementes de
girassol para o Papagaio que zanzava pelas copas das árvores.
O Papagaio era falador e turista na pequena floresta.
Estava de passagem por ali.

-- Olha -- disseram pro Papagaio -- quando o Caçador aparecer,
diga que é o Gato que desarma suas arapucas e armadilhas,
rasga as redes e... E inventaram mais um monte de mentiras.

Certo dia, o Caçador apareceu e, de um galho do pé de pitanga,
o Papagaio contou tudo, tintim por tintim, assim:

-- Gato rasga rede! Gato quebra armadilha!

O Caçador, a partir daí, começou a caçar o gato-do-mato. Mas o Gato
era arisco, muito inteligente, astuto. Ele se desviava e não caia
nas covas profundas com tampas falsas que só se abriam pro lado de
fora, disfarçadas com folhas e ramos secos. Ah, os alçapões ele
arrebentava. Pensava sempre nos seus amiguinhos inocentes.

Sem conseguir sucesso, resolveu ir a campo. Viu o Gato em um gramado
tomando Sol, observando a linda natureza, as fontes, as bananeiras,
as goiabeiras, etc. Aproximou-se e lançou sua rede: Ploft!
Capturou o Gato.

Nesse mesmo instante, o carro da Polícia Florestal apareceu.
Soltou o Gato e levou o Caçador para a prisão. Que bom.
A área de Reserva Ecológica estava salva do pior predador. Ufa!

À noitinha, todos os animais fizeram uma festa na casa do Orelha,
o coelhinho anão. E as maritacas cantadoras, em dueto com os
grilos e sapos, deram um show. Sabem como dançavam? Assim, ó!

O Ratão e Lagarto viram tudo, escondidinhos nas moitas de capim.
Ficaram muito, muito zangados. E, como estavam sumidos ultimamente,
ninguém se lembrou de convidá-los para a festança. Que peninha!

Saíram dali e foram caminhando em direção à casa do Orelha.
De repente, caíram numa armadilha que o Caçador tinha feito.
É, uma que ele fez pra prender o Gato, lembram-se?
Ué?, eles nem foram convidados pra festa!

De manhãzinha, quando o Gato ia em direção à sua casa -- que fica
no buraco de um tronco de árvore, pra descansar um pouco -- ouviu
gemidos e gritos de "SOCORRO!" e "Tirem a gente daqui!".

Prontamente o Gato abriu a portinhola da armadilha escura e viu dois
olhos brilhando como se fossem vagalumes. Pegou os cordões das redes
que sempre levava consigo pendurados no pescoço e os amarrou numa
árvore, uma jaboticabeira? Primeiro puxou o Ratão que era mais leve.
Depois, com a ajuda dele, o Rato, puxou o Lagarto para fora.

Quem diria, hein?! O que é o destino!

Muito envergonhados contaram a história ao 'Seu Gato'. Sem mentir.
Como castigo os dois deveriam prestar serviços à comunidade, aos
necessitados da floresta. E os nomeou seus assistentes.
Os dois lhe disseram que nunca mais iriam sentir inveja. Tomara.

O Papagaio, turista- falante, voltou com as asas no meio das
pernas para a casa de seu dono, na cidade. Ah, coitadinho,
comeu tanto que não conseguia voar. Que castigo!

DEMÊNCIA

DEMÊNCIA

Um casal -- drogado -- numa balada de dois dias
num canto qualquer de Sampa.

ELA. -- Você me lembra alguém que no passado
me levava às nuvens quando a gente transava.

ELE. -- Engraçado, pensei a mesma coisa.
Você também! Que transmissão, mina!

E se beijaram loucamente no lusco-fusco da imensa sala.


ELA: -- Puxa! o mesmo jeito de beijar, o mesmo sabor
e até o mesmo cheiro.

ELE. -- Verdade, sinto o mesmo. Que coincidência maluca.

Os dois já haviam ficado juntos na noite passada,
mas não se lembravam. Voltaram a transar como animais.
Nem notaram a plateia. Estavam nus no paraíso.

sexta-feira, 19 de março de 2010

GRADE RAIL / RAIL GRADE

GRADE RAIL

Se um dia
recostado na divisória
de idas e voltas
nesta pista sem limite
e o destino sombrio
ser-me só presságios
de ideias incineradas
na fornalha
de quereres em cinzas
e a ira sobrepor
a bondade resquicial em mim,
estarei observando
não inobservado...
viajarei a mil cidades
saltando as emboscadas
na velocidade da luz,
e se lesmando
meu corpo
inatingir o objetivo
em pensares fúteis
terei a dimensão exata
de quão inúteis
são meus sobressaltos emocionais
tão desiguais
tão inerciais
quanto meus olhos
ao ônibus de saltimbancos
à direita
a carreta do circo teatral
à esquerda...
e eu no meio
sério
tentado
sem talento
a qualquer função
pra fugir da situação
que a distância não resolve
apenas absorve minha indecisão
rodando nas faixas infindas
da rodovia a lugar nenhum
de um cão sem dono.

.......................


RAIL GRADE


If one day
lying on partition
round trips
no limit at this track
and the dark fate
me just be omens
ideas incinerated
the furnace
that you do want to ashes
and will overlap
resquicial goodness in me,
be watching
not unobserved ...
I will travel a thousand cities
skipping ambushes
the speed of light,
and slugs
my body
unattained goal
futile to think about
I have the exact dimension
how useless
are my emotional somersaults
as unequal
as frames
as my eyes
the bus acrobats
right
the theatrical trailer of the circus
left ...
and I mean
serious
tempted
untalented
any function
to get away from the situation
that the distance does not solve
only absorbs my indecision
running endless bands
the road to nowhere
a stray dog.

salve marinheiros

salve marinheiros


salve marinheiros
caravelas ao mar
rosa dos ventos
ao pau brasil
pros brasis
um nome dar

salve marinheiros
maré vai nos levar
a costa dos coqueiros
à terra a vista
dos povos brasileiros

sou marinheiro estelar
crestado de sal
venho co' vinho do Porto
do porto Portugal

salve marinheiros
a honra de nosso povo
coloriu a quatro cores
o pendão do mundo novo.

salve marinheiros!

sou o soul.

sou o soul.

sou a reencarnação de todos os poetas
com meu jeito brasileiro de ser.
(sou o soul qu'eles dançam no quarto escuro,
se bem que solífugos não atentem ao rítmo
nem ao fato... contudo quero crer que vejo-os dançar.)


preferiria ser só eu do que todos
que em poemas fizeram-me nascer.
(divagação egoísta, creio)

sou a reencarnação de todos os poetas
que no meu ouvido ditam
tudo o que já não podem escrever.

eles não têm nome,
mas querem que eu seja
eles e seus eus
nos mais belos versos que inda vão escrever.

preferiria ser indouto,
não ter dom
nem saber escrever
todos os sentires alheios;
sou tão eclético
que nem me lembro de lembrar quem sou,
o que sou, no que possa parecer
plugado no som das vozes dos caras!

resumo:
sou o show do soul qu'eles requebram
contentes quando termino o poema, pra eles!

(só consigo rir quando desligo a tomada)

quinta-feira, 4 de março de 2010

caminheiro

eia! caminheiro!
lá vai indo ele
sem rumo
a novas plagas

um trocado no bolso
o norte do nariz
a um lugar incomum

um dia quis marias
um dia quis um lar
mas é caminheiro

alegre - triste - matreiro

lá vai o caminheiro
e sua mala de madeira
empoeirada recordação

a cada estação
um verso novo
um renovo

pra nunca chegar
a lugar nenhum

ter que abrir a mala
de velharias íntimas...

é!
resumir sua vida
em trapos
desembrulhar o lanche
comer
sem nunca saber
que o que o faz caminhar
é seu mundo inexistente

ali
onde a vida diz que existe,

eia! caminheiro!
tão cruel minha guaia
que o norte de meu nariz
aponta onde te encontrar.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Um breve reencontro com o Chico Estradeiro.

Um breve reencontro com o Chico Estradeiro.


Dizem que poeta é narcisista, ciumento. Dizem.
Mas o Chico, amigo meu, desconstrói esse pensamento.
O cara é xucro, berebento, tem vitiligo nas mãos,
frieira entre os dedos e olho-de-peixe embaixo,
ou, sei lá, dos pés.

-- Ô Chico!, faz um poema no ato!, pedi.

"A POESIA É FALSA
O POETA TRAPAÇA
SE TIVER QUE MORRER
NEGA SUA RAÇA.

POESIA É COISA DE BOIOLA
SEI DE NADA E USO COURAÇA
NUNCA FUI NA ESCOLA
NÂO VEJO À VIDA PELA VIDRAÇA."

(E fez um desenho de pessoas observando o rosto
de outras atrás do vidro de uma janela.)

-- Chico, tu é mesmo sangue bom. Fala a real,
doa quem doer. Pô! cara, faz um livro!

Ele picou a folha de papel higiênico, fez uma bolinha
e jogou na enxurrada.

-- Chico! Cacete!
-- Então pega essa, mano, antes que eu fume um baseado
e vá a bordo de meu aeroplano.

"TAVA RESSECADO NA PRIVADA
NÃO SAIA NADA, COMECEI A SUAR
LEMBREI QUE ERA ALTA MADRUGADA
HÁ 3 EU NÃO CONSEGUIA CAGAR,

SE EU TIVESSE TOMADO O LAXANTE
QUE O ZÉ REMELA PRESCREVEU
NÃO ESTARIA COM ESSE SEMBLANTE
REZANDO POR UMA DESINTERIA, MEU."

(E fez um desenho duma pessoa, soltando
palavras chulas e disformes, sentada
no vaso sanitário, pela boca -- se bem que
fiquei na dúvida...)

...

Dizem que poeta é narcisista e ciumento. Dizem.
O Chico acha bonito 'o outro'.
Ele só tem ciúmes de seu alicate de corte, alicate
jacaré, que usa pra fazer pecinhas artesanais de uso
pessoal, tais brincos, pulseiras e outros balangandãs.

E também de sua caixa de lápis de cor que, de acordo
com seu humor, escreve seus antipoemas, como ele mesmo
diz -- fedidos.

A sua primeira quadrinha supra escreveu com lápis
branco. No desenho contornou a vidraça em cinza-fuligem.
A segunda, em marron, sombreado de verde musgo. No desenho,
em pitadas aerógrafas, parecia que um ventilador havia
soprado a tinta por todos os lados com as mesmas cores.


Muito realista o cara.

terça-feira, 2 de março de 2010

Por falar de amor...


Por falar de amor...



O amor faz a gente levitar.

Quando perde a força, a magia,
A gente cai, se machuca.

Depois sara.

O amor é o elixir da calma
dentro da euforia incontida.

Sentir dor por sua ausência
é o mau necessário.

Quando ele volta,
as nuvens é o limite
do horizonte que se abre.

ÓCULOS

ÓCULOS

Ele punha o óculos multifocal.
Não via nada.
Nem de perto nem de longe.

Foi ao oculista.
Fez exames.
Tudo estava perfeito.

Sua atual esposa:
uma jovem insaciável que o traia
ali nos cômodos e em hotéis distantes.

Um dia deu um flagrante.
Descartou o óculos.

Não ficou nervoso.
Pela primeira vez, na vida,
viu tudo com nitidez.

O que esqueci de dizer-te.

O que esqueci de dizer-te.


O sentir que me tinhas
Da água do balde jorrou
No chão quente virou vapor

O que por ti eu sentia
Era mina que não secou

O que trago hoje no peito
São gotas do que ficou

Trago a lembrança
Marcada na confiança
Da secura que restou

Misturando-se às lágrimas
Borrando as vitais páginas
Que tu nunca choraste
Porque nunca soubeste
Quem realmente sou.

segunda-feira, 1 de março de 2010

(poeminha)


COMPLEXO TERCEIROMUNDISTA


UM CARA SEMI-ANALFABETO
MEU LIVRO PREFACEOU.

DISSE QUE MEUS POEMAS ERAM BELOS
MAS TINHA UM QUE ERA SHOW.

DIZIA DUNS CARAS
QUE NÃO INTERPRETAVAM NADA
SÓ SE LIGAVAM
NA BOLA DE GOL A GOL.

O PORTUGUÊS DESGRAÇAVAM
E SEM ENTENDEREM PORRA NENHUMA
DANÇAVAM
CANTANDO AS LETRAS DO ROCK'N'ROOL.


"Salve Litte Richard que não tem nada
a ver com isso."


............................................


(minicrônica)


O PATRONO


ELE CHEGOU A RIGOR
NA ESCOLA DE ZINCO DA FAVELA.

NO MAIOR DISSABOR,
MATUSQUELA,
MENTIU SOBRE SUA HISTÓRIA,
SEUS FEITOS E,
DURANTE A ORATÓRIA,
VIU A ESCOLA DESABAR.

UMA BALA NAS COSTAS
DE PT .45
SENTIU SEU PEITO ATRAVESSAR,

JUSTAMENTE QUANDO TODOS O APLAUDIAM...

DIZIA QUE
A BANDIDAGEM IA EXTERMINAR.