quinta-feira, 25 de março de 2010

DEMÊNCIA

DEMÊNCIA

Um casal -- drogado -- numa balada de dois dias
num canto qualquer de Sampa.

ELA. -- Você me lembra alguém que no passado
me levava às nuvens quando a gente transava.

ELE. -- Engraçado, pensei a mesma coisa.
Você também! Que transmissão, mina!

E se beijaram loucamente no lusco-fusco da imensa sala.


ELA: -- Puxa! o mesmo jeito de beijar, o mesmo sabor
e até o mesmo cheiro.

ELE. -- Verdade, sinto o mesmo. Que coincidência maluca.

Os dois já haviam ficado juntos na noite passada,
mas não se lembravam. Voltaram a transar como animais.
Nem notaram a plateia. Estavam nus no paraíso.

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