sexta-feira, 26 de março de 2010

a voz do coração

quando do coração
se apaga a brasa
vira castelo na areia
e na maré cheia
se vai se arrasa

quando se acende
há duas alianças
imantadas pelo olhar,
há o elo de duas crianças
um horizonte que se fende
a pequeninas lembranças

e a Lua enamorada
rompe a nuvem negra
alumia a estrada
guarda o segredo
do amor no calor
duma nova alvorada


há um castelo
dois corações em brasa
que na maré cheia
na areia
desafiam o futuro
o muro
e juntos irão
onde as ondas passeiam
onde a Lua se esconde
e faz morada

aí o desejo extravasa
por amor e pela dor
num sopro de vento
a chama
emana dos corpos
ardentes indolor

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