segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

POEMA (QUASE) PORNÔ

poema (quase) pornô.

era um vício
mais forte que minhas convicções

noites e noites maldormidas iludi-me
pela puta matemática
que não se bastava de sempre pedir
+ + +...
$ $ $...

'ah, minha predileta
tão estática
sem fundo
eu adorava pôr tudo em ti
...
até o que não tinha...
[lembro-me o quanto eu improvisava no ato
...até minha esperança de uma vida melhor,
mas sentia que o efeito colateral fosse
divisar meu futuro debaixo dum viaduto...]

pois é.
um dia:
INDEPENDÊNCIA E/OU MORTE
(uma paráfrase dompedriana)
fui forçado a abandoná-la
[confesso que entristeci, chuá, chuá]

mas...
eis que vi nascer um novo homem em mim
...
desde que o governo proibiu
os bingos de máquinas caça-níqueis


um aparte:
"sabe que, com as economias que fiz desde então,
conheci uma puta e a levei morar comigo.
ELA ADORA METER
a mão no meu bolso e tatear meu instrumento
como se apertasse uma tecla. aí me diz:
"cadê meu brinquedinho?"

eia!
hoje
em noites maldormidas
desiludo-me-me
me-tendo
como um felizardo
que bate o bingo várias vezes .
[ei! não é papo, embora eu reconheça
que nós, homens, temos uma tendência nata
em mentir... aumentar de leve]










































































tendo

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