segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A ex senhora do pomar

a ex-senhora do pomar



quão belo é o quadro por que passo
melodias em árvores floridas lá fora,
olor do corpo duma falecida senhora
flor mais bela no pomar do fracasso.

retenho ulos na prisão individualista
como ela em desrazão vou me acabar,
quero que até o vil conviva cá assista
a paz febril de minha máscara trocar.

revoltas! zonzo presumo percebê-las
em todos que não pensam em pensar
que mortes nas mãos é na vida tê-las.

quão ébrios estão os corpos nesta sala
solvendo a seco o vinho do fim singular
se cruéis nunca houveram de saudá-la...?

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