sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

CABEÇA DE POETA

CABEÇA DE POETA


Cabeça de poeta
é mesmo pássaro arisco que voa alto.

Quando ele pousa no chão,
ele tenta agarrá-lo só com as mãos...
Difícil, quase impossível.

O poeta gosta disso.

Mas... se um dia conseguir prendê-lo,
virá sobre ele a frustração, o desencanto.

O pisca-pisca apaga-se...
as ondas tornam-se estáticas...
vira pêndulo de relógio sem ponteiro.

Cabeça de poeta
é mesmo pássaro arisco que voa alto,
bem longe donde este asfalto possa levar...

Gaiolas são casas que o pássaro não podem reter.

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